"E o jovem Samuel ia crescendo, e fazia-se agradável, assim para com o Senhor, como também para com os homens." I Samuel 2,26



O projeto JIP tem por objetivo levar o crescimento espiritual de todos os jovens, sendo eles anunciadores da Boa Nova, formando uma aliança de amizade com Deus, sendo agradáveis ao Senhor e aos homens.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

CAMPANHA DA FRATERNIDADE/2008




Campanha da Fraternidade 2008
"ESCOLHE, POIS, A VIDA (Dt 30,19)"

ESCOLHE, POIS, A VIDA (Dt 30,19) – CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2008

Com este tempo quaresmal iniciamos a Campanha da Fraternidade 2008, que tem como objetivo nos preparar para a Páscoa da ressurreição de Jesus Cristo. Neste ano, a Campanha da Fraternidade é um convite pra vivermos a vida com dignidade e alegria. “Cito hoje o céu e a terra como testemunhas contra vós, de que vos porpus a vida e a morte, a bênção e a maldição. Escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e teus descentes, amando ao Senhor teu Deus, obedecendo à sua voz e apegando-te a Ele, pois Ele é tua vida” (Deuteronômio 30,19-20).
Esta citação tirada do livro bíblico do Deuteronômio indica qual vai ser nossa reflexão ao longo da quaresma. Seu tema é “Fraternidade e defesa da vida” e o lema é “Escolhe, pois, a vida” (Dt 30,19). Diante de tanta violência e abuso, esta campanha é uma luta pela melhoria da qualidade de nossa vida, “desde a sua concepção até o seu ocaso”, bem como todo o cuidado e preservação do meio ambiente, nossa casa comum. Existe alguma realidade mais sagrada para defender que não seja a vida? Precisamos transformar a cultura da morte, cada vez mais forte nos tempos atuais, numa cultura de vida. Esta campanha tem como objetivo levar a Igreja e toda sociedade a defender e promover a vida humana. A vida tem sua beleza e seu sentido quando ela é alimentada pelo amor fraterno. Na família, primeiro berço de nossa educação e formação, é que nos alimentamos da cultura da vida e não de uma cultura de morte.
“Escolhe, pois, a vida” é a decisão que está colocada em nossas mãos. Vida e morte são colocadas diante de nossos olhos. Os ídolos do poder, da riqueza e do prazer passageiro são caminhos indicados pela sociedade em nossos dias. O que vamos escolher? Depende de nós a escolha. Os valores morais, éticos e cristãos nos impulsionam para a vida. A vida é nossa opção. “Eu vim para que todos tenham vida, que todos tenham vida plenamente”.
Em Maio de 2007, nossos representantes da Igreja da América Latina e do Caribe reunidos no Santuário de Aparecida do Norte, São Paulo, afirmaram que “Os caminhos de vida verdadeira e plena para todos, caminhos de vida eterna, são aqueles abertos pela fé que conduzem à plenitude de vida que Cristo nos trouxe”. O Documento de Aparecida faz uma alerta para estarmos atentos a tantos caminhos de morte que existem em sociedade e nos alertou a retomarmos com fé e coragem o caminho de Jesus, “um caminho de vida que atinge o ser humano por inteiro e desenvolve em plenitude a existência humana em sua dimensão pessoal, familiar, social e cultural”. Eis aí a razão porque Jesus sempre indica a vida e Ele mesmo se apresenta como sinal de vida: “Eu vim para que todos tenham vida, que todos tenham vida plenamente”.
Mas por que será que tantas vezes escolhemos o caminho da morte? Em primeiro lugar, escolhemos o caminho da morte porque não nos abrimos à realidade. Reduzimos nossa vida a aspectos imediatos, que podem ser explicados pela ciência. Eliminamos a pergunta sobre o sentido das coisas e da vida, deixando sem resposta as perguntas sobre o amar e o sofrer, o bem e o mal. Achamos que a ciência e a tecnologia resolvem todos os problemas, sem o compromisso ético. Diante desta nossa decisão nos adverte o Hino da Campanha da Fraternidade: “Com tristeza vejo a vida desprezada, nos meus filhos e em toda a natureza. Me entristece tantas vidas abortadas, dói em mim a violência e a pobreza”. Em segundo lugar, escolhemos a morte, quando reduzimos à simples realização de nosso desejo de posse do outro o que é o verdadeiro amor. Por fim, essa razão limitada e esse amor desnorteado não são capazes de perceber que a vida é sagrada e que a pessoa tem dignidade e quando o ser humano perde a sua dignidade a vida é ameaçada. “Ponho, então à tua frente dois caminhos: vida e morte, e escolherás. Sê sensato: escolhe a vida”!
Celebrar a Quaresma é reconhecer a presença de Deus em nossa caminhada: no trabalho, na luta, no sofrimento e na dor do povo! A Quaresma é tempo forte de conversão, de mudança interior, de graça e de salvação. Por meio do exercício da oração, do jejum e da caridade, tornamo-nos mais abertos e disponíveis. “Que o compromisso de nossa fé nos leve a defender e promover a vida no seu início, no seu crescimento e também no seu declínio” (Bento XVI). Jesus crucificado-ressuscitado nos confirma que o amor é mais forte que a morte. Como discípulos queremos “escolher a vida”. Que Maria, mãe da vida, que protegeu e acompanhou seu Filho, da gestação à ressurreição, interceda por nós. Amém!
Padre Vilmar Moretti – Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Salete, Bairro
Próspera

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